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a lua está linda hoje

Um comboio para lado nenhum

Naquele Agosto longínquo, depois de ter desabado em lágrimas pela enésima e última vez, disse(-me) de olhos postos em mim mesma através do espelho maior que nunca mais aconteceria o mesmo. Hoje fechei-me nessa mesma casa de banho e chorei, novamente, até me sentir seca e começar a pesar chorar. Já não me lembrava do que era chorar assim, com a força de uma onda de surfista. Através do espelho mais pequeno vi-me por dentro e fiquei mais triste ainda; passou por aqui um tornado ou é só a minha mágoa?

 

Estou dorida! Dói dentro e fora. Dói de dentro para fora, pelo meio e à volta. Ponderei se escrevia, se não escrevia. Mas é claro que escrevo e é claro que o faço com toda a minha verdade, não omitindo os meus sentires ainda que sejam feios e incompreendidos.

Sinto-me insuficiente, pequenina, quase invisível. Sinto que não basto, que não sou boa o suficiente. Sinto a velha e conhecida dor de não ser especial. De só ser, sei lá eu muito bem o quê. Qualquer coisa, um talvez, um meio assim-assim. 

 

Para hoje era um colo. Um par de braços forte que me segurasse a mim e aos quilos que trago comigo só em sentimentos. Uns quantos dedos ágeis que me desamarrassem os nós de escuteiro que tenho na garganta. Um corpo que me aquecesse o coraçãozito que com tanta lágrima esfriou e encolheu. 

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