Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

a lua está linda hoje

a lua está linda hoje

30
Jun25

Anotações | Junho

Junho passou a correr... Quase nem o vi passar! 

Começou bonito, bonito, bonito. Fomos passear a um sítio que sem motivo aparente é muito especial para mim. Voltar lá estava na minha lista de desejos desde que a criei.

Andámos (de carro) por Sintra e acho que nunca consigo explicar como gosto de lá ir. O ambiente é totalmente envolvente, como se me sentisse sempre dentro de um romance de cinema. Não creio que vá sentir o mesmo em Paris quando lá for, embora seja essa a cidade do amor. Sintra é especial, tem ali qualquer coisa que se vê, sente, sabe. Comprámos andorinhas de cerâmica para colocarmos numa parede da nossa casa. São os passarinhos que mais gosto e já há muito que queria. Escolhi um azul bonito que lembra um céu de primavera e verão, embora as estações agora estejam todas trocadas.

Fomos a um churrasco de aniversário de um casal que eu nem conhecia. Foi giro porque havia muita comida, muita bebida e muitos doguinhos — o paraíso!

Experimentámos um novo jogo (de cartas) a dois: o Hero Realms. Este é um jogo de construção de baralho e o objectivo é atacar o nosso oponente, tirando-lhe toda a vida. Escusado será dizer que perdi.

Comecei a caminhar de vez em quando ao final do dia. Não todos os dias porque chego a casa de noite e cansada, mas os feriados ajudaram bastante. Também comprei um colchão para fazer ginástica em casa e já o experimentei com "aulas" no YouTube.

Jantei com amigos e respectivas namoradas. Foi divertido, rimos muito e acima de tudo deu para matar saudades.

O meu colega está noivo desde o início do mês com intenções de se casar em menos de um ano, por isso tenho passado ótimos momentos a procurar miminhos para oferecer e posso afirmar que é todo um mundo que eu desconhecia. Há tanta coisa gira na internet!

Fui à Feira do Livro. O meu amor ofereceu-me "O Hipnotista", livro que tenho lido à noitinha quando estou em casa dos meus pais. Até agora estou a adorar.

Fomos à praia, ao centro comercial e a três arraiais. 

Voltei a pintar as unhas com cores joviais, como rosa alaranjado e verde escuro. Ando à procura de um azul, mas sou muito chata com tons e subtons.

Descobri os novos(?) smartphones Motorola e fiquei passada. Como assim?! Já andei a mostrar a toda a gente e está decidido: quando o meu iPhone falecer quero um Motorola (mas espero que só venha a precisar de um daqui a algum tempo, porque gosto muito do meu bichinho).

Andei a saltitar atrás da borboleta mais bonita que já vi.

Adoro ir fotografando o quotidiano e queria uma máquina para o efeito. Entretanto o Paulito lembrou-se que tinha uma que já não usava há dez anos e é com ela que me tenho divertido a captar momentos que quero recordar mais tarde.

Decidimos adiar para o próximo ano a nossa viagem a Paris, que ia acontecer em Setembro. A partir do próximo mês vamos ter três semanas de férias juntos e falámos de conhecer um pedacinho de Portugal. Para já as opções em cima da mesa são Gerês, Aveiro e Alentejo.

Passou um ano desde que viemos juntos conhecer esta que agora é a nossa Casinha. :-)

 

Os filmes deste mês:

  • Cidade dos Anjos ★★★★★ (e chorei, chorei, chorei)
  • Shining ★★★☆☆
  • A Substância ★★★☆☆
  • Um Crime no Expresso do Oriente ★★★★☆
02
Jun25

Anotações | Maio

Vivi Maio de forma tranquila. O mês começou com um almoço em casa dos meus pais que se seguiu por um churrasco de aniversário que se prolongou até à noite e onde me desgracei nas salsichas, na picanha e nas somersby de manga e lima.

Joguei a segunda de doze partidas com Paulito, Margarida e JP. O ano passado iniciámos uma aventura legacy com o jogo Ticket to Ride Legacy: Legends of the West, conforme partilhei aqui. Este ano mantemos o conceito, mas o jogo agora é para verdadeiros amantes do Jurassic World: the Legacy of Isla Nublar.

Prestei atenção a várias coisas bonitas! Mas destaco as andorinhas — o meu passarinho favorito —, o caracolito no caule de uma flor amarela, os dois gatitos a espreitar nas janelas e os céus que parecem pintados à mão, dignos de reter a respiração.

Acabei de ler o livro "Amanhã, Amanhã". Gostei muito de tudo menos do final que foi um pouco seco e me deixou uma sensação de "só isto?".

Comprei um bichinho inteligente de levar sempre no pulso que me ajuda com a monitorização da minha saúde, entre outras coisas. Adoro-o!

Passeei com os meus pais, celebrei mais um aniversário do meu pai e fiquei contente por o ver a ele e ao Paulito felizes com a vitória do Sporting.

Experimentei a famosa bifana do McDonald's (aprovada, já agora!), descobri que afinal gosto (muito!) de bacon e passeei por Cascais à noite.

Voltei a escutar canções antigas das quais já não me lembrava e descobri canções novas que já adoro.

Terminei o mês na praia a torrar ao sol e a jantar com pessoas cuja companhia aprecio bastante. 

IMG_0739.jpeg

 

05
Abr25

Coisas que ficam, e que são o que são

Há dias que talvez fiquem com um pouquinho mais de força, como se tivessem sido escritos em papel e uma caneta voltasse a passar por cima das letras uma a uma. Tenho alguns dias assim; uns por motivos bonitos, outros nem por isso.

A 5 de abril de 2016 comecei um estágio profissional. Por essa data já eu desconfiava que a minha área — a Multimédia — não era aquilo que mais gostava, até porque na altura não tinha propriamente forma de treinar, como os meus colegas, e acho mesmo que esta área requer esse poder de treino aliado, pois, a uma mente aberta mas focada. Embora eu não estivesse assim tãaao feliz, ainda havia uma parte do todo que me fascinava: programação. A primeira vez que criei um (pseudo) site de raíz, todinho elaborado por estas mãozinhas minhas (e desenhado pela mente brilhante do professor), senti-me capaz de conquistar o mundo. E depois veio o estágio.

Para começar, o meu estágio era a trinta quilómetros de casa. Curioso, porque agora moro mesmo ali ao ladinho e passo por lá de carro todos os dias. Estava numa altura delicada: num ambiente estranho, num começo de namoro que tremia que nem varas verdes, num lugar desconhecido que me obrigou a perder o medo de comboios e de elevadores (mais ou menos, vá) e todas as decisões que eu tomasse seriam muito importantes e desencadeariam consequências sérias. Eu era adulta!

Detestei aquilo com todas as minhas forças... Cada minuto daqueles três meses. Eu tinha os dias marcados em post-its e fazia uma contagem decrescente, marcando um X sempre que suportava mais um, de tão péssimo que era. Andava com um terço na carteira porque a minha chefe acreditava (e fazia menção) a coisas que para mim eram muito estranhas e que chegavam mesmo a assustar-me. Foi nessa altura que perdi dez quilos, que fumei o meu último cigarro, que tive o meu último grande ataque de pânico (de ir às urgências) e que percebi que não queria trabalhar na minha área. 

Às vezes magoa-me não pertencer a algo. Não ter um trabalho numa área que sempre quis, para o qual estudei, para o qual me preparei e cuja função escolhi, efectivamente, exercer. Sinto-me deslocada, como se tivesse falhado por ter desistido. Ainda assim, acho que me magoaria mais, muito mais(!), se tivesse continuado. Não seria eu, e eu não quero ser o que não sou.

24
Mar25

Fosse Saudade só uma palavra...

Depois do almoço, quando saí para voltar a trabalhar, vi o senhor acompanhado do seu cão a entrar no prédio ao lado. Não pude deixar de sentir uma pontinha de inveja.

Eu conheço os cães daqui e por isso sei que este cão mora neste prédio há pouco tempo. Sem a mesma convicção, diria que o senhor também. E eu não consegui evitar sentir a tal pontinha de inveja porque só consegui pensar nos tempos em que por aquela hora não tinha a obrigação de ir trabalhar, e em vez disso passeava a minha Daisy. Caramba, tenho tantas saudades da minha Daisy.

Nunca mais entrei no jardim. As rãs, as borboletas, as flores, o cheiro da roupa lavada nos estendais, o sol de um dia quente a bater-nos na cara e no focinho... Tudo isto são memórias bonitas que ao mesmo tempo me rasgam qualquer coisa cá dentro... 

18
Fev25

Nós

Passaram dois anos desde aquele dia bonito em que a minha barriga se não explodiu em fogo de artifício, pareceu muito que sim.

Estive ansiosa por horas infinitas e arranjei-me o melhor que pude. Mergulhei em perfume e nas escadas do prédio, antes de sair, passei o meu mini gloss xpto pelos lábios.

Quando te vi não soube bem o que sentir. Senti tudo ao mesmo tempo como um bolo de festa cheio de velas! E quando entrei no carro estava tão nervosa que só me apetecia rir sem parar.

Jantámos, e não havendo um filme de jeito em exibição, fomos ver a ponte iluminada sob um céu quase estrelado.

O som do mar a preencher uns momentos de silêncio derivados da contemplação, o frio de uma noite de fevereiro a fazer arrepiar os pelitos todos e eu cheia de certezas do que sentia por ti. Era amor!

Adoro lembrar-me desta noite. Adoro o facto de não a conseguir descrever tão bonita quanto foi. Adoro que ainda sinta o nosso primeiro beijo, como se tivesse ficado tatuado (também) nos meus lábios.

06
Fev25

Fosse Saudade só uma palavra…

Encontrar um pêlo num casaco de inverno menos usado é simultaneamente a melhor e a pior coisa do mundo. É só um pêlo, sem ser só um pêlo. Magoa e aquece o coração. Traz proximidade momentânea e logo depois relembra a distância.

Às vezes subo as escadas do prédio dos meus pais e ainda espero vê-la no cimo deste lance, a aguardar com excitação o cruzar dos nossos olhares. Baixa de altura e tão grande de valor. Mas não acontece. E cada vez que estou aqui sinto ainda mais a falta dela...

06
Ago24

Memórias bonitas | Guincho

Acho que ainda não era Março e já me vinhas buscar pela fresca. Trazias os óculos de sol na cara e o meu polo favorito vestido: o vermelho, já velhinho. Não reparei logo, mas calçavas as botas castanhas que eu tanto gosto e que te deixam ainda mais irresistível. Eu ia pirosa, como sempre. De rosa e preto, com aquela capa de telemóvel medonha também cor-de-rosa e cheia de brilhantes que brilhavam no escuro.

Íamos à praia do Guincho. Paraste o carro longe e pusemos pés ao caminho. Todos os detalhes que fomos encontrando enquanto não chegávamos pareciam a melhor descoberta de sempre. E eu ainda não acreditava que tu eras meu namorado.

Ao chegarmos à areia não tirámos os sapatos, e ao começar a caminhar pelo areal percebi que carregavas a lancheira, aquela branca antiga, porque nela levavas com todo o carinho um lanche para nós. Havia cheetos, pão de forma, o queijinho que eu gosto e uma faca. A faquinha! Um homem tão organizado como tu não se esqueceria que o queijinho precisa de ser barrado no pão, e essa tua atenção ao detalhe sempre foi das minhas coisas favoritas em ti — pela primeira vez tinha alguém igualmente sensível, atento e romântico.

Bolas e pauzinhos pelo ar, e anjos peludos e felizes a correr de um lado para o outro. Aquela praia, naquele domingo, tinha tantos doguinhos que parecia o paraíso.

Quando finalmente chegamos à outra ponta da praia encostaste-te a uma rocha. Eu tirei algumas fotos ao mar e recusei aquela que seria a nossa primeira selfie. Encostei-me a ti, no meio das tuas pernas: primeiro de frente, a dar-te miminhos; depois de costas, só a observar, só a agradecer, só a explodir de alegria. E a continuar sem acreditar que eras meu namorado.

Havia muito amor. Havia muita paz. Havia uma sensação que eu nunca tinha sentido. Era como se tudo se alinhasse para que nós ficássemos juntos. Era como se o mundo inteiro torcesse por nós.

Acabámos por ir embora. O areal parecia maior do que inicialmente. E eu sabia que ali estava uma estreia: do meu lado esquerdo (finalmente) caminhava alguém que me amava direito.

13
Fev24

Memórias bonitas | Carnaval

A minha mãe nunca gostou do Carnaval, mas quando eu era pequena debruçava-se na janela para prender serpentinas nas grades porque eu adorava. Ficava ali imenso tempo a dar nós a pedaços de papel colorido que esvoaçavam e me deixavam feliz. Todos os anos da minha infância.

A minha mãe nunca gostou do Carnaval, mas só havia uma janela colorida para o receber nesta rua: a nossa.

03
Dez23

O amor quer-se doce

Estamos no último mês do ano... Deste ano que mudou por completo a minha vida — mas sobre isso falarei noutro texto, num futuro muito breve.

 

O meu Dezembro começou recheado de amor e coberto de açúcar em pó — não, açúcar em pó não é um sentimento, mas se houvesse forma de descrever o que sinto, com certeza seria com estas três palavras.

Estes primeiros três dias foram por certo especiais. Poucas coisas sabem melhor do que sair do trabalho ao fim de nove horas cansativas, comprar um pacote de gomas numa lojinha de conveniência e romper a noite com o amor da nossa vida. Foi assim o meu sábado. Vimos a cidade vestida de Natal e comemos um hamburguer que encosta qualquer rede de fast food a um canto. Terminamos o dia (ou começamos outro) aninhados no sofá a ver um filme.

 

E é sobre isto. É sobre rir e fazer rir em viagens de carro devido a um gosto musical peculiar. É sobre beijinhos, e miminhos, e abraços que sabem (porque são) o melhor tempero desta vida. É sobre a paz que só se encontra nos braços daquela pessoa. É sobre as pequenas coisas que são tudo menos pequenas. É sobre o amor, que se quer docinho como as gomas da lojinha de conveniência ou como o croissant de chocolate que há sempre em casa do meu amor.

15
Set23

Quero tempo!

A roupa está revirada. A casa precisa de ser arrumada. A minha menina está velhinha. O sono não está em dia. O duche é apressado. O blog está parado. A história não avançou. O cabelo não secou. A vontade de sair é alta. Ver o mar faz-me falta.

 

Quero tempo, mas ele foge-me por entre os dedos e eu não sei o que fazer para o agarrar. 

Quero tempo, mas prendo-me num espaço fechado que por muito que seja do meu agrado, tira-me as coisas pequeninas e bonitas que vou perdendo no dia-a-dia, todos os dias. Como troca de miminhos com a minha pessoa no banco de trás do carro, e gargalhadas, e conversas sérias. Como passear com uma ponta de uma trela na mão e ter, logo ali, na outra ponta, a dividir aquele momento comigo, o ser mais puro que habita este planeta. Como pão quentinho acabado de fazer com manteiga derretida partilhado com a minha mãe enquanto vemos juntas o extra do Big Brother. Como viagens de carro após o almoço, só mesmo ali ver o rio porque apetece, de vestido e chinelo de enfiar o dedo. 

 

Quero tempo. E tempo, feliz ou infelizmente, é coisa que não se compra numa barraquinha, como se compra um Conselho dos Anjos a 1€. 

Inclusive não me esqueço: "deixe a alegria acontecer" (deixo! ❤️). 

Mensagens

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

A ver