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a lua está linda hoje

a lua está linda hoje

14
Jul25

O meu amor chama-se Paulo

O meu amor chama-se Paulo, tem quase dois metros de altura e faz anos hoje. Nasceu há quarenta e cinco anos, num ano redondinho.

O meu amor é a minha pessoa favorita e desconfio que seja a pessoa favorita de todas as pessoas que o conhecem. É(-me) lógico que assim seja.

O meu amor é simples e gentil. Chora com filmes e vídeos de finais felizes. Tem uma forma positiva de viver. Vê sempre o copo meio cheio, como se costuma dizer. Acredita que o mundo pode (sim) ser um sítio bonito, e que para isso a diferença começa em nós.

O meu amor é assim… Raro, especial. Gostava que ele soubesse e sentisse isso sempre. Espero que sim.

O meu amor escuta o que eu digo. Faz surpresas mas não dá flores, que as flores merecem viver — e se isto não é dos atos de amor mais belos pela natureza, não sei qual poderá ser.

O meu amor é divertido e sincero. Diz o que tem a dizer. Faz rir. Ri muito, também. É pessoa de riso fácil e de abraço mais fácil ainda. É doce, muito doce. É amigo, e ser amigo é a base de tudo.

 

O meu amor chama-se Paulo e faz anos hoje. Se eu pudesse dava-lhe tudo o que ele quisesse, e mesmo assim sei que ele não ia querer muito. Provavelmente pedia uma mesa cheia de comida e os amigos ao redor. É que o meu amor é justamente como o descrevo: o mais bonito dos seres humanos.

 

Meu amor, desejo-te todas as coisas boas e bonitas que mereces. E mais ainda!

Feliz aniversário. ❤️

13
Jul25

Daniela

A Daniela no meu telemóvel e no meu coração é a Daniela linda. É amiga que começou por ser a amiga do blog e passou a ser a amiga da vida. É parceria do outro lado da linha, ou do ecrã, ou de um play. É amor no que diz, no que faz... No que é.

A Daniela faz anos hoje. Faz parte da minha vida há seis anos, mas às vezes sinto que a conheço e tenho comigo há trinta.

A Daniela envia miminhos por correio e está presente sempre. Aprendi com ela que estar presente não tem necessariamente a ver com presença física. Há quem esteja ao nosso lado e não esteja. Mas a Daniela está. A Daniela está sempre.

Se houvesse um concurso de pessoa paciente e compreensiva, a Daniela ganhava. A Daniela é empática e generosa, até mesmo quando não devia ser. É justamente por isso que eu sei que a Daniela tem um coração puro; ela dá o (bom) que tem, mesmo que não receba nada (de bom) em troca.

A Daniela já me afastou lágrimas, inseguranças e medos. Guarda segredos meus num qualquer cantinho da sua alma e nunca (me) fez juízos de valor — e se há pessoa que podia, essa pessoa é a Daniela.

A Daniela no meu telemóvel e no meu coração é a Daniela linda porque a Daniela é linda. É linda no aspecto e é linda naquilo que mais importa: no conteúdo.

 

Daniela linda, para ti só o melhor.
Feliz aniversário. ❤️

10
Jul25

Será sempre amor

Entrei no prédio, subi dois degraus e travei. Ouvir um ladrar fez-me travar. Foi um segundo, se tanto, que pareceu um minuto ou mais. Foi o tempo de esboçar um meio sorriso por achar que tinha sido a minha Daisy a detetar a minha chegada, como tantas vezes, e o perceber que não. Foi engolir esse meio sorriso e sentir uma faca no coração. Foi calor, depois dor. E mesmo assim nunca deixou de ser amor. 

30
Jun25

Anotações | Junho

Junho passou a correr... Quase nem o vi passar! 

Começou bonito, bonito, bonito. Fomos passear a um sítio que sem motivo aparente é muito especial para mim. Voltar lá estava na minha lista de desejos desde que a criei.

Andámos (de carro) por Sintra e acho que nunca consigo explicar como gosto de lá ir. O ambiente é totalmente envolvente, como se me sentisse sempre dentro de um romance de cinema. Não creio que vá sentir o mesmo em Paris quando lá for, embora seja essa a cidade do amor. Sintra é especial, tem ali qualquer coisa que se vê, sente, sabe. Comprámos andorinhas de cerâmica para colocarmos numa parede da nossa casa. São os passarinhos que mais gosto e já há muito que queria. Escolhi um azul bonito que lembra um céu de primavera e verão, embora as estações agora estejam todas trocadas.

Fomos a um churrasco de aniversário de um casal que eu nem conhecia. Foi giro porque havia muita comida, muita bebida e muitos doguinhos — o paraíso!

Experimentámos um novo jogo (de cartas) a dois: o Hero Realms. Este é um jogo de construção de baralho e o objectivo é atacar o nosso oponente, tirando-lhe toda a vida. Escusado será dizer que perdi.

Comecei a caminhar de vez em quando ao final do dia. Não todos os dias porque chego a casa de noite e cansada, mas os feriados ajudaram bastante. Também comprei um colchão para fazer ginástica em casa e já o experimentei com "aulas" no YouTube.

Jantei com amigos e respectivas namoradas. Foi divertido, rimos muito e acima de tudo deu para matar saudades.

O meu colega está noivo desde o início do mês com intenções de se casar em menos de um ano, por isso tenho passado ótimos momentos a procurar miminhos para oferecer e posso afirmar que é todo um mundo que eu desconhecia. Há tanta coisa gira na internet!

Fui à Feira do Livro. O meu amor ofereceu-me "O Hipnotista", livro que tenho lido à noitinha quando estou em casa dos meus pais. Até agora estou a adorar.

Fomos à praia, ao centro comercial e a três arraiais. 

Voltei a pintar as unhas com cores joviais, como rosa alaranjado e verde escuro. Ando à procura de um azul, mas sou muito chata com tons e subtons.

Descobri os novos(?) smartphones Motorola e fiquei passada. Como assim?! Já andei a mostrar a toda a gente e está decidido: quando o meu iPhone falecer quero um Motorola (mas espero que só venha a precisar de um daqui a algum tempo, porque gosto muito do meu bichinho).

Andei a saltitar atrás da borboleta mais bonita que já vi.

Adoro ir fotografando o quotidiano e queria uma máquina para o efeito. Entretanto o Paulito lembrou-se que tinha uma que já não usava há dez anos e é com ela que me tenho divertido a captar momentos que quero recordar mais tarde.

Decidimos adiar para o próximo ano a nossa viagem a Paris, que ia acontecer em Setembro. A partir do próximo mês vamos ter três semanas de férias juntos e falámos de conhecer um pedacinho de Portugal. Para já as opções em cima da mesa são Gerês, Aveiro e Alentejo.

Passou um ano desde que viemos juntos conhecer esta que agora é a nossa Casinha. :-)

 

Os filmes deste mês:

  • Cidade dos Anjos ★★★★★ (e chorei, chorei, chorei)
  • Shining ★★★☆☆
  • A Substância ★★★☆☆
  • Um Crime no Expresso do Oriente ★★★★☆
27
Jun25

Como vem, vai

Onda de surfista; chega de punho fechado e cara trancada, pronta para a porrada. E eu, banhista que não sabe nadar. Leva-me para longe, consome-me as madrugadas, arranha-me por dentro até me rasgar por fora para depois, num estalar de dedos, ir tal cão que responde ao assobio de seu dono. Que doce constatação: estou inteira. 

20
Jun25

Na tentativa de não me passar tanto da cabeça e tentar diminuir a probabilidade de ter um ataque sendo eu tão nova, adotei uma espécie de mantra que se resume a duas palavras: pó caralho. É libertador pensá-lo e mais ainda dizê-lo, por isso considero seguro afirmar que resulta.

Nunca condenei quem diz asneiras nem mesmo quando a única palavra feia que saía da minha boca era “caca”. Na adolescência tive uma fase em que dizia algumas caralhadas, nada preocupante, apenas quando estava com amigos. Depois voltei a redimir-me e cortei-as por completo, que não gostava de as dizer mesmo que não me importasse nadinha de as escutar. Porém, entretanto comecei a trabalhar no atendimento ao público… e acho que só isso já diz tudo.

Hoje digo muitas asneiras. Muitas asneiras mesmo. Mais do que alguma vez disse e muito mais do que gostaria de dizer. Por isso pensei afinar novamente o meu vocabulário e deixar de ser tão boca suja. Só que… isso foi no feriado, e no feriado não trabalhei. Esclareço: ainda só passou meio dia de trabalho e já usei o pó umas três vezes, fora outros mais e menos curtos, mais e menos fortes.  

Amanhã começo a tentar outra vez, sim? Prometo!

02
Jun25

Anotações | Maio

Vivi Maio de forma tranquila. O mês começou com um almoço em casa dos meus pais que se seguiu por um churrasco de aniversário que se prolongou até à noite e onde me desgracei nas salsichas, na picanha e nas somersby de manga e lima.

Joguei a segunda de doze partidas com Paulito, Margarida e JP. O ano passado iniciámos uma aventura legacy com o jogo Ticket to Ride Legacy: Legends of the West, conforme partilhei aqui. Este ano mantemos o conceito, mas o jogo agora é para verdadeiros amantes do Jurassic World: the Legacy of Isla Nublar.

Prestei atenção a várias coisas bonitas! Mas destaco as andorinhas — o meu passarinho favorito —, o caracolito no caule de uma flor amarela, os dois gatitos a espreitar nas janelas e os céus que parecem pintados à mão, dignos de reter a respiração.

Acabei de ler o livro "Amanhã, Amanhã". Gostei muito de tudo menos do final que foi um pouco seco e me deixou uma sensação de "só isto?".

Comprei um bichinho inteligente de levar sempre no pulso que me ajuda com a monitorização da minha saúde, entre outras coisas. Adoro-o!

Passeei com os meus pais, celebrei mais um aniversário do meu pai e fiquei contente por o ver a ele e ao Paulito felizes com a vitória do Sporting.

Experimentei a famosa bifana do McDonald's (aprovada, já agora!), descobri que afinal gosto (muito!) de bacon e passeei por Cascais à noite.

Voltei a escutar canções antigas das quais já não me lembrava e descobri canções novas que já adoro.

Terminei o mês na praia a torrar ao sol e a jantar com pessoas cuja companhia aprecio bastante. 

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05
Abr25

Coisas que ficam, e que são o que são

Há dias que talvez fiquem com um pouquinho mais de força, como se tivessem sido escritos em papel e uma caneta voltasse a passar por cima das letras uma a uma. Tenho alguns dias assim; uns por motivos bonitos, outros nem por isso.

A 5 de abril de 2016 comecei um estágio profissional. Por essa data já eu desconfiava que a minha área — a Multimédia — não era aquilo que mais gostava, até porque na altura não tinha propriamente forma de treinar, como os meus colegas, e acho mesmo que esta área requer esse poder de treino aliado, pois, a uma mente aberta mas focada. Embora eu não estivesse assim tãaao feliz, ainda havia uma parte do todo que me fascinava: programação. A primeira vez que criei um (pseudo) site de raíz, todinho elaborado por estas mãozinhas minhas (e desenhado pela mente brilhante do professor), senti-me capaz de conquistar o mundo. E depois veio o estágio.

Para começar, o meu estágio era a trinta quilómetros de casa. Curioso, porque agora moro mesmo ali ao ladinho e passo por lá de carro todos os dias. Estava numa altura delicada: num ambiente estranho, num começo de namoro que tremia que nem varas verdes, num lugar desconhecido que me obrigou a perder o medo de comboios e de elevadores (mais ou menos, vá) e todas as decisões que eu tomasse seriam muito importantes e desencadeariam consequências sérias. Eu era adulta!

Detestei aquilo com todas as minhas forças... Cada minuto daqueles três meses. Eu tinha os dias marcados em post-its e fazia uma contagem decrescente, marcando um X sempre que suportava mais um, de tão péssimo que era. Andava com um terço na carteira porque a minha chefe acreditava (e fazia menção) a coisas que para mim eram muito estranhas e que chegavam mesmo a assustar-me. Foi nessa altura que perdi dez quilos, que fumei o meu último cigarro, que tive o meu último grande ataque de pânico (de ir às urgências) e que percebi que não queria trabalhar na minha área. 

Às vezes magoa-me não pertencer a algo. Não ter um trabalho numa área que sempre quis, para o qual estudei, para o qual me preparei e cuja função escolhi, efectivamente, exercer. Sinto-me deslocada, como se tivesse falhado por ter desistido. Ainda assim, acho que me magoaria mais, muito mais(!), se tivesse continuado. Não seria eu, e eu não quero ser o que não sou.

24
Mar25

Fosse Saudade só uma palavra...

Depois do almoço, quando saí para voltar a trabalhar, vi o senhor acompanhado do seu cão a entrar no prédio ao lado. Não pude deixar de sentir uma pontinha de inveja.

Eu conheço os cães daqui e por isso sei que este cão mora neste prédio há pouco tempo. Sem a mesma convicção, diria que o senhor também. E eu não consegui evitar sentir a tal pontinha de inveja porque só consegui pensar nos tempos em que por aquela hora não tinha a obrigação de ir trabalhar, e em vez disso passeava a minha Daisy. Caramba, tenho tantas saudades da minha Daisy.

Nunca mais entrei no jardim. As rãs, as borboletas, as flores, o cheiro da roupa lavada nos estendais, o sol de um dia quente a bater-nos na cara e no focinho... Tudo isto são memórias bonitas que ao mesmo tempo me rasgam qualquer coisa cá dentro... 

22
Mar25

Um poema antigo à luz do dia

Ela tem sempre a cama feita

E as unhas pintadas

Por norma senta-se de pernas fechadas

Eu sou muitas numa só

E conseguimos todas ser erradas.

Ela tem lábios suaves

Que beijam com doçura

Dos meus saem palavras grosseiras

Quase sempre em tom de travessura.

Ela é mar calmo pela manhã

Lençol branco estendido ao sol

Eu sou toalha de mesa pingada

Emoção pura como um jogo de futebol.

Ela usa salto alto

E pijama de renda e seda

Eu nunca salto alto

Pois temo a possível queda.

Ela conquistou o teu coração

É a certeza da tua vida

Eu aluguei um apartamento na tua mente

E pretendo prolongar a estadia.

[2021]

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