Pó
Na tentativa de não me passar tanto da cabeça e tentar diminuir a probabilidade de ter um ataque sendo eu tão nova, adotei uma espécie de mantra que se resume a duas palavras: pó caralho. É libertador pensá-lo e mais ainda dizê-lo, por isso considero seguro afirmar que resulta.
Nunca condenei quem diz asneiras nem mesmo quando a única palavra feia que saía da minha boca era “caca”. Na adolescência tive uma fase em que dizia algumas caralhadas, nada preocupante, apenas quando estava com amigos. Depois voltei a redimir-me e cortei-as por completo, que não gostava de as dizer mesmo que não me importasse nadinha de as escutar. Porém, entretanto comecei a trabalhar no atendimento ao público… e acho que só isso já diz tudo.
Hoje digo muitas asneiras. Muitas asneiras mesmo. Mais do que alguma vez disse e muito mais do que gostaria de dizer. Por isso pensei afinar novamente o meu vocabulário e deixar de ser tão boca suja. Só que… isso foi no feriado, e no feriado não trabalhei. Esclareço: ainda só passou meio dia de trabalho e já usei o pó umas três vezes, fora outros mais e menos curtos, mais e menos fortes.
Amanhã começo a tentar outra vez, sim? Prometo!