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Durante meses a minha vida foi só casa > trabalho > casa. É uma realidade perigosa, pois fecha-nos do mundo sem darmos conta. De repente os dias de folga já só serviam para limpar a casa ou ficar deitada na cama a ver vídeos/ouvir música.
Entretanto comecei a namorar. Vi a ponte iluminada. Vi as estrelas. Tomei o pequeno-almoço num sítio bonito (nota mental: uma tosta mista chega para duas pessoas). Experimentei sabores sobre os quais sempre tive curiosidade, mas também comi sandes de supermercado — as do Auchan são bem boas! Encontrei sítios perto de casa que eu nem sabia que existiam. Conheci pessoas, ainda que a minha habilidade social seja nula e eu me sinta um bicho do mato. Fui ao teatro e adorei. Fui a dois churrascos diferentes, com pessoas diferentes, e em ambos percebi que adoro salsichas e ouvir as histórias que se contam entre amigos. Vi o pôr-do-sol. Vi a lua. Ri muito. Voltei a adorar ir ao cinema. Fiz uma nova tatuagem. Dancei às onze da noite à beira-rio. Mudei. A pessoa certa faz-nos mudar. Ou melhor, a pessoa certa empurra-nos em direcção àquilo que verdadeiramente somos.
Agora visto-me de forma diferente, falo de forma diferente, sinto-me de forma diferente. Agora tenho-me a mim e aos meus sentimentos como prioridade. Agora tenho uma colecção de memórias bonitas que guardo com carinho num lugar quentinho do meu coração, mas que gostaria de partilhar por aqui também, já que este blog serviu durante meses como um diário para/sobre aquele que hoje chamo namorado.